terça-feira, 30 de dezembro de 2025

segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

 

Minha esposa Ana estava grávida, e de vez em quando brigávamos porque ela se queixava muito da gravidez: dos enjoos, desejos estranhos, peso da barriga, etc.

Fomos a uma terapeuta que recomendou uma experiência para melhorar o relacionamento: eu teria de usar uma barriga de grávida falsa por uma semana, para criar empatia pela situação de Ana. Recusei a princípio, mas a terapeuta acabou me convencendo.

Assim que a terapeuta fixou aquela peça enorme de silicone na minha barriga, senti-me muito estranho. Além do peso e de um mecanismo que aleatoriamente fazia movimentos, imitando um bebê chutando, a barriga vinha acompanhada de seios grandes e pesados para completar a experiência.

Minhas roupas não serviam mais, então ela me emprestou um vestido de grávida. Coloquei-o sabendo que precisaria ir apenas até a garagem. Era desconfortável, estranho e humilhante estar daquele jeito, mas como eu havia dado minha palavra, segui com o experimento.

Mas algo estranho começou a acontecer. Quanto mais eu usava aquilo, mais me sentia bem. Gostava de sentir uma vida se mexendo dentro de mim, mesmo que fosse falsa.

Arrisquei sair para fazer compras. Como o acordo era não tirar a peça, usei óculos escuros e um chapéu para disfarçar. Gostei do jeito como as pessoas me tratavam: algumas me deram os parabéns e, sem graça e disfarçando a voz, eu agradeci.

Estranhamente, comecei a ter alguns sintomas reais: desejos por comidas estranhas, enjoos e inchaço nas pernas e nos pés. Isso incomodava, mas ao mesmo tempo me deixava feliz. Era como se eu estivesse mesmo esperando um bebê.

A semana passou, e eu, meio triste, fui com minha esposa até a terapeuta, onde ela retiraria a barriga e falaríamos sobre o que eu havia aprendido.

Mas, para surpresa de todos, não havia o que retirar. A barriga era real, e um ultrassom mostrou que eu tinha um bebê de verdade crescendo dentro de mim.

Chorei de emoção enquanto minha esposa e a doutora tentavam entender o que havia acontecido. Então perguntei como seria o parto, e a médica disse que deveria ser cesariana, mas de repente parou e me examinou lá embaixo.

Momentos depois, vi-a tirar algo do meio das minhas pernas. Era uma espécie de cinta de silicone com um pênis e testículos. Com expressão perplexa, a médica disse que poderia ser parto natural. Da mesma forma que a barriga e os seios haviam se tornado reais, meus órgãos masculinos tinham se tornado falsos. Eu tinha agora uma vagina entre as pernas.

Prometeram-me uma explicação, mas no fundo eu nem precisava. Estava feliz daquele jeito, sendo uma mulher e esperando meu primeiro filho.

Eu e Ana dividimos tudo: as dores, os medos e as alegrias. Até que ambas entramos em trabalho de parto. Uma segurou a mão da outra, e depois de muito esforço e dor, tínhamos nossos bebês nos braços. O dela, um menino; o meu, uma linda menina.

sábado, 27 de dezembro de 2025



 — O que está acontecendo? Por que não posso me mexer? — perguntou Leandro.

— Ah, você acordou? Calma, isso é só o efeito do paralizante que eu usei — respondeu Amélia.

— Você... é parecida comigo? Igual a mim?!

— É porque agora eu sou você. Vai ser difícil, mas você acabará entendendo. Eu posso trocar de corpos. Venho fazendo isso há anos, mas sempre com outras mulheres. Com um homem é a primeira vez, e estou achando bem interessante.

— Como assim? Por quê...

— Você me cantou naquele bar, lembra? Disse tudo o que eu queria ouvir e me levou para a cama. Eu já estava acostumada com isso e gostava do sexo casual. Então tive a ideia de experimentar estar do outro lado. Ser um homem, para variar. Por isso resolvi trocar com você, Leandro.

— Mas isso não é possível... Eu não posso estar...

— No corpo de uma mulher? Sim, você está. Mas não se preocupe: o efeito do paralizante vai passar e você poderá se mexer novamente. Vai levar um tempo, mas acabará se acostumando. Quanto a mim, não tente me encontrar, pois sou muito boa — ou melhor, muito bom — em desaparecer. Adeus, Amélia.

— Não! Espere! Não me deixe assim...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025


 — Carlos, agora você fuma? — perguntou Rodrigo.

— Rodrigo, você aceitou de boa o fato de eu ter trocado de corpo com uma garota, e depois de eu te seduzir e transar com você. Mas está estranhando o fato de eu estar fumando?

— Bom... é.

— É que a ex-dona deste corpo fumava, e ela escondeu isso de mim antes de fazermos a troca. Eu sentia que algo me faltava, estava ficando maluco até achar um maço de cigarros nas coisas dela. Aí, na primeira tragada, tudo fez sentido.

— Mas você poderia parar.

— Sim, mas é bom. Especialmente depois de gozar, e você me fez chegar lá várias vezes.

— Então que tal continuarmos? Eu já estou pronto de novo.

— Nossa! Claro, só me deixa terminar o cigarro.


— Essa sou eu? — perguntou Renato.

— Sim — respondeu Mateus. — A poção funcionou e você virou uma garota linda.

— Tá bem, eu estava errado e o que disse não era bobagem. Agora me faça voltar a ser homem.

— Não é possível. A cigana que me vendeu disse que o efeito é permanente.

— Mas eu não posso ficar assim! Por que você fez isso?

— Nós dois tivemos muitos problemas com mulheres, e a minha ex me disse durante uma briga que, já que eu passava tanto tempo com você, nós deveríamos nos casar. Isso ficou na minha cabeça, e quando li sobre a magia cigana de troca de sexo, soube que seria a solução para nós dois. Fiz isso pelo bem de ambos.

— Como assim? Você sabe que eu não gosto de homem.

— Não gostava. Segundo a cigana, sua mente também vai ser transformada na mente de uma garota. Uma garota heterossexual. Só não vai fazer você se apaixonar por mim, pois, segundo ela, não existe poção do amor. Mas eu conto com o fato de nos darmos tão bem há anos como amigos... Agora que você é mulher, naturalmente vai se sentir atraída por mim.

— Você não poderia ter feito isso comigo! Acabou com a minha vida. O que farei agora desse jeito?

— Quanto a isso, não precisa se preocupar. Vou cuidar de você daqui pra frente.

— Vai... cuidar de mim?... Promete?

— Sim, eu prometo, Renata.

— Bem... de repente me sinto melhor. Até que fiquei bonita, né?

— A mulher mais linda que já vi!

— Você falando assim me dá uma coisa...

— Mas você é... a mulher mais bonita, gostosa e cheirosa que conheço — disse Mateus enquanto acariciava o corpo de Renata e beijava seu pescoço, fazendo o coração dela acelerar e arrepios percorrerem o seu corpo. — Que tal a gente subir para o quarto, e eu te mostrar o quanto gosto de você?

— Ai... Sim, vamos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

dis

— Bem, esta é a última noite — pensou Max.

Depois de três meses vivendo como mulher, eu consegui todas as informações que a agência queria. Hoje recebi a mensagem: terminar o trabalho. Isso significa eliminar o alvo e encerrar a missão.

Logo poderei entrar na câmera de transformação e voltar a ser homem. Não terei mais que usar salto alto, saias, vestidos nem calcinhas que entram no bumbum. Poderei fazer xixi em pé novamente, sair com garotas, penetrar em vez de ser penetrado.

Vou caprichar nesta última vez como Andressa. Maquiagem perfeita, lingerie sexy. O Tony vai adorar quando me vir.

Provavelmente vai me levar a um restaurante chique. Vamos jantar e, depois, para o apartamento dele. Assim que entrarmos, ele vai arrancar minhas roupas e me jogar na cama como se eu fosse um objeto. Em seguida, vai partir para cima de mim como um animal...

Ainda bem que isso está acabando.

Droga! A quem eu estou tentando enganar?

Eu amo isso. Amo ser mulher, ser fêmea. Ser linda e desejada. Ser usada por um homem macho como o Tony.

Não tenho coragem de matá-lo. Não depois de me envolver tanto com ele. Não depois de me apaixonar.

Acho que este é o fim da minha carreira como espião e assassino. E o início da minha vida como mulher... e, quem sabe, um dia, como esposa e mãe dos filhos dele.

domingo, 21 de dezembro de 2025



— E aí, Sidnei? Como é que eu tô?

— Caralho, João! Ficou muito bom!

— Tá né? Mas acho que você exagerou quando comprou esse torso de silicone. Apesar de parecer pele de verdade, os peitos são muito grandes. A bunda também é um pouco exagerada, porque quando me sento parece que tô sentado em cima de uma almofada. E essa cinta não me deixa respirar fundo, de tanto que aperta a minha cintura.

— Eu achei tudo perfeito. O pessoal do escritório vai ficar impressionado com a minha “noiva” no almoço hoje.

— Nem acredito que tô fazendo isso. Eu devia ter pensado melhor antes de dizer que faria qualquer coisa pra te ajudar.

— Não se preocupa, que eu vou te compensar por isso, meu amigo.

— É bom mesmo que vá. Agora vamos logo, antes que eu perca a coragem.