— Por que essa cara, Cristina? Você sabia do meu trabalho quando nos casamos — disse Samuel para a esposa, enquanto terminava de calçar os sapatos de salto alto.
— Sim, Samuel. Eu sabia que você trabalhava disfarçado, mas imaginei que seriam disfarces diferentes, como traficante, criminoso, essas coisas... Mas não como mulher.
— Sei que é estranho, mas é o único jeito de a investigação avançar. Tenho que me passar por uma das secretárias da empresa de fachada.
— Olha só para você. Com essa dieta e essas coisas que você anda tomando, está magro e fraco. Seu braço está mais fino que o meu. Eles não têm mulheres no seu departamento para isso?
— Não com o meu conhecimento de finanças, para poder rastrear a lavagem de dinheiro. Calma, deve levar só mais alguns meses.
— Meses?!... Bem, faça como quiser.
— Querida, prometo te compensar quando isso acabar. Agora, pega a minha bolsa preta ali no closet, por favor.
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