terça-feira, 28 de janeiro de 2025


 — Detetive Tomas, desta vez você foi longe demais! Eu deveria ter acreditado quando me disseram que você estava obcecado com este caso. Ainda mais depois de...

— Depois do meu parceiro ter sido morto pelo homem que estamos tentando prender. Sim, isso me afetou. Mas garanto que estou ciente do que estou fazendo. Só quero cumprir meu dever, capitão.
Dever?! Você trocou de corpo com uma mulher! Isso, para mim, vai muito além do dever de um policial.
— Sei disso, mas era o único jeito. Assim, posso trabalhar em uma das boates, me aproximar do grupo e conseguir provas contra eles. Depois, volto para o meu corpo.
— Isso se não for morto... ou morta... sei lá. E quanto à garota? Como ela aceitou isso?
— Está tudo bem por ela. Digamos que... ela está acostumada a deixarem usar seu corpo.
— É uma prostituta, né? A que ponto você chegou...
— Então? Posso prosseguir?
— Bom, eu deveria te suspender, mas na sua situação é melhor terminar isso de uma vez.
— Obrigado, capitão. Vou deixar minha credencial, documentos e arma com o senhor e me trocar no vestiário. Prendemos algumas garotas que trabalham para o grupo, e quero que me coloque na mesma cela que elas. Vai ser a melhor forma de me aproximar.
— Já pensou em tudo, né? Tá bem, Tomas.
— Senhor, daqui pra frente, me chame de Angelina e me trate como uma prostituta.
— Claro, "Angelina". Vista-se e volte aqui. Eu mesmo vou te colocar na cela certa.

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