— Não acredito que você disse à sua amiga que eu iria para essa festa. Sabe que não vou fazer isso — disse Alberto para sua esposa, Clara.
— Vai sim! Desde que você participou do teste da droga e virou uma adolescente, não saiu de casa, exceto para ir ao laboratório.
— E quer que eu ande por aí desse jeito? Já me sinto suficientemente humilhado usando essas roupas que você comprou. Todos vão achar que sou uma menininha.
— Mas você é! Pelo menos até encontrarem uma maneira de te fazer voltar ao normal. Até lá, você será minha sobrinha Liliane. Olha, se você não for, vou contar a verdade para todo mundo e não haverá mais nada a esconder.
— Droga! Tá bom, eu vou.
— Não faça essa cara. Vai ter um monte de jovens da sua idade. Aposto que os garotos vão ficar malucos quando te conhecerem.
— Muito engraçado.
Mais tarde, na festa:
— Oi, Clara! Essa garota linda deve ser a sua sobrinha! — disse a mulher ao abrir a porta.
— Sim, esta é a Liliane. Ela é um pouco tímida.
— Todas nós éramos nessa idade, né? Os garotos estão lá nos fundos. Por que não se junta a eles, Liliane?
— Bem, eu não...
— Ela vai sim!, né, Lili? Ou quer que eu fale daquele seu segredinho?
— Onde você disse que os garotos estão? — perguntou Alberto.
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