quinta-feira, 12 de setembro de 2024



Meus amigos sempre conseguiam conquistar mulheres pela Internet, mas eu nunca tive sucesso. Decidi que precisava melhorar minhas abordagens online, então resolvi criar um perfil fingindo ser mulher. A ideia era aprender diretamente com os “pegadores” virtuais o que dizer para cativar as mulheres.


Rapidamente percebi que a maioria dos caras eram uns completos idiotas. As conversas eram ruins, e muitos enviavam fotos íntimas logo nos primeiros minutos de papo. Porém, em meio a tantos, conheci um que se destacava: educado, inteligente e divertido. Naquele instante, pensei comigo mesmo que ele seria a pessoa certa para me ensinar tudo o que eu precisava saber.


Começamos a conversar todos os dias, e, inesperadamente, passei a gostar de verdade dele. Nunca mandou fotos inapropriadas nem pediu as minhas, mas, curiosamente, pediu que eu descrevesse minha aparência. Inventei uma personagem: loira, baixinha, com cara de princesa, seios médios e um bumbum arrebitado. Ele adorou a descrição.


Com o tempo, a conversa foi ficando mais íntima, e acabamos nos envolvendo em sexo virtual. Nunca me senti atraído por homens, mas algo nele mexia comigo de uma forma que me assustava. Eu temia estar me apaixonando de verdade.


Um dia, resolvi que o melhor seria parar de falar com ele. Quando disse isso, ele não aceitou, e então confessei: não era quem ele pensava que eu fosse, que havia mentido e me arrependia, pois realmente gostava dele. Para minha surpresa, ele disse que já sabia. E mais, garantiu que isso não importava, pois ele tinha como "corrigir as coisas". No final, avisou que viria me visitar no dia seguinte para conversarmos. Fiquei apavorado. Saí do chat, tentei esquecer o que havia acontecido e fui dormir.


Na manhã seguinte, acordei com o som da campainha. Algo estava estranho. Ao me levantar, tropecei no meu moletom, que agora parecia grande demais para mim. Quando olhei no espelho, levei um susto: o reflexo mostrava o rosto de uma jovem loira. Demorei alguns segundos para entender que aquela garota era eu. Pensei que só podia ser um sonho. Ainda atordoado, fui atender a porta, segurando as calças que insistiam em cair.


Quando abri a porta, lá estava ele. Alto, forte e com o sorriso mais bonito que eu já tinha visto. Ele me chamou de "Amanda" – o nome que eu usava nos chats. Naquele momento, soube que era ele, o homem com quem eu vinha conversando. O pânico tomou conta de mim, mas ele me envolveu num abraço e disse que tudo ficaria bem. De alguma forma, estar nos braços dele me fez sentir calma.


Não me importei nem um pouco quando, ao abraçá-lo, meu moletom caiu, me deixando só de cueca – que, por sinal, estava apertada no bumbum e frouxa na parte da frente. Nos beijamos, ele me pegou no colo e me levou para a cama. Fizemos amor. Tudo parecia surreal, talvez fruto de alguma magia, mas não me importava. Pela primeira vez, eu me sentia verdadeiramente feliz.


Na busca por conquistar várias mulheres pela Internet, acabei me transformando em uma delas ao encontrar o homem da minha vida.

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