—Não acredito que eles fizeram isso comigo! — gritou Rogério no banheiro do bar, se olhando no espelho e vendo as mudanças acontecendo em seu corpo.

Rogério e seus amigos viviam pregando peças uns nos outros. Ele havia colocado um laxante no café de um dos colegas, apenas alguns minutos antes de uma reunião importante. Foi um vexame o rapaz sair correndo da sala naquele dia, e Rogério sabia que haveria troco.

Na semana seguinte, eles estavam em um bar quando Rogério começou a se sentir estranho. Ao olhar na sua cerveja, viu que o restante de um comprimido aparecia no fundo do copo. De cara achou que teria uma diarreia e considerou a falta de criatividade dos amigos, mas logo descobriu que não era este o caso.

Correu para o banheiro sentindo suas roupas estranhas, folgadas em algumas partes e apertadas em outras. Pouco depois, vendo sua imagem se transformando, ele confirmou: haviam colocado a nova droga feminilizante em sua bebida.

Uma das garçonetes, ao ouvir a voz agora aguda de Rogério gritar, entrou no banheiro e deu de cara com uma garota usando roupas de homem. Roupas muito grandes para o seu pequeno corpo.

Ao explicar o que acontecera, a garçonete saiu e voltou em seguida com um conjunto de roupas, um uniforme igual ao que ela usava. Rogério achou absurdo, mas ela em seguida explicou:

— Olha, suas roupas estão caindo do seu corpo e estas devem servir, pois vejo que temos o mesmo tamanho.

— Sim, mas são roupas de mulher. Um uniforme de garçonete. Assim vão me humilhar ainda mais.

— Pense bem, qual o melhor jeito de sair por cima? Voltar lá do jeito que está e aguentar as risadas, ou assumir o controle e deixar seus amigos sem graça?

O rapaz pensou e concluiu que ela tinha razão, afinal o melhor jeito seria rir de si mesmo. Então se vestiu e deixou a moça trançar os seus cabelos e aplicar maquiagem.

Ao voltar para o bar e falar com seus amigos, eles não acreditaram no que viam. Rogério de repente não só era mulher, mas a mais atraente do bar.

— Vocês me sacanearam desta vez, mas vai ter volta. Bom, já que estou assim, vou servir mais uma rodada de cerveja.

Rogério adorou a cara de espanto e desconforto dos colegas. Sabendo que estavam olhando, ele caminhou de forma sensual até o bar.

Naquela noite, ele provocou os rapazes com seu corpo feminino e estava gostando do poder e atenção que sua nova forma lhe dava. Tarde da noite, eles decidiram ir embora, e um dos colegas ofereceu carona a Rogério. O rapaz olhou para aquele uniforme e concluiu que esperar um táxi daquele jeito à noite seria complicado e até perigoso.

Então, o inesperado aconteceu. Ao se despedir, o colega o beijou, os dois subiram para o seu apartamento e passaram o restante da noite fazendo sexo.

Rogério acordou no outro dia já como homem e sozinho. O uniforme de garçonete estava jogado no chão e a cama toda bagunçada. Lembranças da noite anterior passavam por sua cabeça, e ele sabia de duas coisas: os dois não contariam para ninguém o que havia acontecido, e aquela não seria a última vez que Rogério usaria a droga de troca de sexo.