— O que está acontecendo? Por que não posso me mexer? — perguntou Leandro.
— Ah, você acordou? Calma, isso é só o efeito do paralizante que eu usei — respondeu Amélia.
— Você... é parecida comigo? Igual a mim?!
— É porque agora eu sou você. Vai ser difícil, mas você acabará entendendo. Eu posso trocar de corpos. Venho fazendo isso há anos, mas sempre com outras mulheres. Com um homem é a primeira vez, e estou achando bem interessante.
— Como assim? Por quê...
— Você me cantou naquele bar, lembra? Disse tudo o que eu queria ouvir e me levou para a cama. Eu já estava acostumada com isso e gostava do sexo casual. Então tive a ideia de experimentar estar do outro lado. Ser um homem, para variar. Por isso resolvi trocar com você, Leandro.
— Mas isso não é possível... Eu não posso estar...
— No corpo de uma mulher? Sim, você está. Mas não se preocupe: o efeito do paralizante vai passar e você poderá se mexer novamente. Vai levar um tempo, mas acabará se acostumando. Quanto a mim, não tente me encontrar, pois sou muito boa — ou melhor, muito bom — em desaparecer. Adeus, Amélia.
— Não! Espere! Não me deixe assim...
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