Rubens acabara de receber uma mensagem do laboratório:
“Bom dia, Sr. Rubens. Gostaríamos de informá-lo sobre uma recente descoberta relacionada ao teste do qual o senhor está participando.
Uma das cobaias que mudou de sexo foi colocada junto a outros ratos. Eles acasalaram e, quando usamos o soro para reverter a mudança, este não teve efeito. Nos parece que o pico hormonal causado pelo sexo, torna a mudança permanente.
Ainda estamos estudando o caso e, como o senhor informou na entrevista que não haveria possibilidade de ter relações sexuais com homens enquanto estivesse como mulher, estamos tranquilos quanto ao seu teste.
Lembre-se de comparecer na quinta-feira para exames e, finalmente, reverter o seu processo. Na manhã de sexta, o senhor será um homem novamente. Obrigado.”
— N-não pode ser!! — gritou Rubens.
O desespero tomou conta dele, pois na noite anterior algo inesperado acontecera.
Um amigo havia lhe feito uma visita; os dois beberam e, para evitar que o rapaz se arriscasse dirigindo de volta para casa, Rubens insistiu que ele dormisse ali.
Por alguns momentos, ele se esquecera de que agora era uma garota — mas seu amigo não. O rapaz interpretou aquilo como um convite para fazerem sexo.
Quando Rubens estava arrumando o sofá para que ele dormisse, foi surpreendido e agarrado. A princípio dizia “não” e “pare”, mas bastaram alguns segundos para que suas palavras mudassem para: “sim” e “não pare, por favor!”.
Apesar de ter gostado do sexo, Rubens disse a si mesmo que aquilo não se repetiria, que logo voltaria a ser homem e esqueceria o episódio.
Mas agora, a situação era outra. Ele continuaria como mulher, e o sexo com homens seria uma parte importante de sua nova vida.
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