domingo, 7 de setembro de 2025


—Olha, Jorge, seu filho cresceu e virou um moço tão bonito... Ele ainda não teve chance de conhecer minha sobrinha Marcela, e acho que deveríamos apresentá-los. Tenho certeza de que vão se dar muito bem —disse dona Abigail.


Naquele instante, Marcelo sentiu um choque. De repente, tudo fez sentido.


Oito meses antes, após perder o emprego e sofrer uma desilusão amorosa, Marcelo se mudou para o interior, indo morar com sua tia, dona Abigail.


Desde os primeiros dias, coisas estranhas começaram a acontecer. Na segunda semana, teve enjoos e achou que fosse apenas efeito da mudança de cidade, uma espécie de “desintoxicação”. Depois, começou a perder muito peso —principalmente massa muscular. Sua tia insistiu para que comesse mais, e de certa forma funcionou, mas a gordura passou a se acumular em lugares inesperados: coxas, bumbum e seios. O lado positivo era que sua pele e seus cabelos estavam cada vez melhores —estes últimos cresciam mais rápido do que o normal.


Certo dia, Marcelo percebeu que todas as suas roupas tinham sumido.

—Marcelo, tive que jogar fora. Aqui no sítio, quando aparecem traças, não tem jeito. Se não queimarmos, elas se espalham —explicou Abigail.

—Mas o que vou vestir? Só tenho esses shorts que uso pra dormir!

—Não se preocupe. Já encomendei roupas com uma moça que vende de porta em porta.


Quando as roupas chegaram, para a surpresa de Marcelo, eram todas femininas. Abigail disse que a vendedora havia se enganado e que, quando ela voltasse dali a algumas semanas, faria a troca. Até lá, ele deveria usar aquelas mesmas roupas. Afinal, só estavam “as duas” ali. Marcelo estranhou a referência no feminino, mas acabou cedendo.


O tempo passou e a tal vendedora nunca aparecia. Marcelo ajudava a tia em tudo no sítio e, sem perceber, tornava-se cada vez mais submisso às vontades dela. Nesse período, seu corpo mudou ainda mais. Achando que estava apenas engordando, reduziu a comida, mas o efeito foi apenas afinar a cintura, destacando ainda mais o bumbum avantajado e os novos seios.


As calças começaram a ficar apertadas demais e até rasgavam. A tia, então, determinou que ele passasse a usar vestidos. Marcelo tentou protestar, mas bastou o tom de voz firme dela para que se calasse e obedecesse. Além disso, Abigail passou a chamá-lo de Marcela, dizendo que, se alguém aparecesse, não estranharia ver uma menina de vestido sendo chamada por um nome masculino.


De volta ao presente, Marcelo concluiu que tudo fazia parte de um plano. Abigail devia ter colocado algo em sua comida. O objetivo era simples: transformá-lo em mulher para que pudesse casar com o filho do fazendeiro vizinho e unir as propriedades, garantindo dinheiro e poder. Uma ideia completamente maluca.


Marcelo decidiu que era hora de pôr fim àquilo. Levantou-se para falar, mas nesse momento uma presença surgiu.

—Dona Abigail, Marcela... este é meu filho Leonardo —disse Jorge, apresentando o rapaz.


Marcelo ficou paralisado. Leonardo era alto, forte, de pele queimada de sol e voz grave. Era mais macho do que ele jamais fora. Cumprimentou a todos com firmeza e, em seguida, se aproximou de Marcelo, sorriu e lhe deu um beijo no rosto.


—Desculpe, Leonardo. Minha sobrinha é muito tímida. Cumprimente o moço, menina! —mandou Abigail.

—O-oi... —respondeu Marcelosem jeito e com sua voz agora aguda como de uma menina.

—Você não quer me mostrar o sítio da sua tia? —perguntou Leonardo.

—Eu... claro.


Marcelo saiu com o rapaz, o coração acelerado e sentindo como se algo se remexesse em sua barriga. A razão dizia que precisava acabar com a farsa, mas algo o impedia. Um sentimento que vinha crescendo havia algum tempo e que agora, diante de Leonardo, se tornava impossível de ignorar.


Enquanto via os dois se afastarem, Abigail sorriu sabendo que seu plano estava funcionando perfeitamente. A poção dada pela benzedeira fazia um trabalho impecável, transformando o sobrinho em uma mocinha.


Mas ainda faltava algo, e precisava precisaria aumentar a dose para que acontecesse rápido. Ainda havia algumas partes do corpo de Marcela que precisava mudar. Só assim ela poderia, depois do casamento, se entregar plenamente ao marido e lhe dar muitos filhos.

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