domingo, 29 de junho de 2025

 Jonas se preparou e subiu ao palco naquela noite. Já fazia um mês que ele se apresentava ali, e começava a se sentir confiante e à vontade em sua nova profissão.


Mas, para sua surpresa, viu alguém muito familiar na plateia: Nádia, a mulher que agora habitava o seu antigo corpo.


Ele levou um susto, sentindo como se tivesse sido pego fazendo algo muito errado. Afinal, Nádia era uma moça tímida, que trabalhava como recepcionista.


Nádia, por sua vez, estava adorando ser um homem. A liberdade, o poder, o respeito das pessoas... Poder ir a um bar, tomar uma cerveja sem ser importunada por uma dúzia de caras bêbados. Além disso, já começava a se acostumar com o papel ativo nas relações — e havia levado várias de suas antigas amigas para a cama.


Jonas, ao assumir o corpo dela, não se contentou com aquele trabalho tedioso e mal pago. Queria mais. Queria algo que lhe permitisse usar ao máximo sua nova feminilidade. Por isso, fez um teste em uma boate de luxo e foi imediatamente contratado.


Ele não fazia ideia de como Nádia reagiria ao ver seu antigo corpo ali, se exibindo para dezenas de homens. Isso o deixou apreensivo.


Mas então, Nádia se aproximou do palco, o chamou até a beirada e colocou uma nota de cem em sua calcinha.


Jonas, sem jeito, agradeceu. Depois se recompôs e continuou sua dança, enquanto a garota se sentava para assistir ao show.


Durante toda a apresentação, Jonas olhou para ela, como se dedicasse cada movimento à ela.


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