Tom passou semanas trancado em casa desde que os primeiros sinais do tal vírus que trocava o sexo apareceram.
Finalmente, as mudanças terminaram, e agora ele precisava ir ao médico para fazer exames. Como suas roupas não serviam mais, pediu ajuda à vizinha, que lhe forneceu o que pôde.
O problema era que, com seu bumbum bem maior do que o da garota, a única peça que conseguiu vestir foi uma calça legging.
Embora confortável, a calça deixava evidente o tamanho e a forma de seu traseiro, o que, sem dúvida, chamaria muita atenção na rua.
— Como vou sair por aí com… “isso”? — resmungou Tom, incomodado.
— Como qualquer mulher de bunda grande faz. Simplesmente ignore os olhares, as cantadas e as buzinadas dos carros, e siga seu caminho — respondeu a vizinha, rindo.
Sem ter outra opção, Tom saiu para a rua morrendo de vergonha.
Para seu azar, ao chegar ao ponto de ônibus, viu o que precisava pegar começando a sair. Frustrado, e mesmo achando que seria inútil, levantou os braços e gritou para que esperassem.
Para sua surpresa, o motorista, ao ver sua figura cheia de curvas acenando, parou o veículo, deu ré e abriu as portas. Ainda por cima, sorriu e lhe deu um bom dia ao entrar.
Tom começava a perceber que talvez sua nova aparência tivesse certas vantagens — principalmente ao lidar com os homens.
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