Meu nome é Rogério. Eu e meu amigo Lucas ganhamos uma fortuna ao vender nossa startup de TI. Para comemorar, Lucas me convidou para uma viagem em seu novo barco. Porém, uma tempestade, somada à nossa falta de experiência, nos levou a naufragar. Por sorte, conseguimos nadar até uma ilha.  

Logo percebemos que estávamos em uma ilha deserta. Não havia nada a fazer além de tentar sobreviver enquanto esperávamos que algum barco passasse por perto.  

Alguns dias depois, comecei a me sentir estranho, fraco. Eu mal conseguia realizar tarefas simples e rapidamente me cansava, sendo obrigado a deitar. Lucas, por outro lado, parecia o oposto. Ele estava cheio de energia e, curiosamente, parecia estar ficando mais forte. Apesar disso, ele não se importava em cuidar de mim e demonstrava preocupação com minha condição.  

Ele me ajudava a caminhar pela praia, e foi aí que notei algo que, a princípio, parecia impossível: eu não estava apenas ficando mais fraco, mas também mais baixo.  

Numa noite, passei muito mal. Tive febre e dores intensas por todo o corpo. Achei que aquela seria minha última noite de vida. No entanto, na manhã seguinte, algo incrível aconteceu.  

Acordei me sentindo surpreendentemente bem, como há muito tempo não me sentia. Quando abri os olhos, vi Lucas me observando com uma expressão de preocupação.  

— Como você está se sentindo? — ele perguntou.  

— Agora estou bem — respondi, estranhando minha própria voz.  

Lucas hesitou antes de falar novamente:  

— Rogério... algo muito estranho aconteceu com você. Você agora é... é...  

Ele não conseguiu terminar a frase e apontou para meu corpo, coberto pela jaqueta que usávamos como cobertor.  

Quando me descobri, fiquei paralisado. A princípio, achei que estava delirando, mas logo percebi que era verdade: eu havia mudado de sexo. Eu agora era uma mulher!  

Não conseguimos encontrar uma explicação para o que aconteceu, mas supusemos que era algo ligado à ilha. Apesar disso, eu me sentia saudável e cheia de energia. Comecei a ajudar Lucas na busca por comida e na construção do abrigo, embora precisasse contar com a força dele para as tarefas mais pesadas. Isso, no entanto, não me incomodava. Na verdade, comecei a admirar como ele me protegida e cuidava de mim.  

Lucas tentava disfarçar, mas eu percebia que ele não conseguia tirar os olhos do meu novo corpo. Às vezes, ele sumia por um tempo, provavelmente para aliviar seus desejos. O que ele não sabia era que eu também estava começando a sentir vontades e desejos que jamais imaginei antes.  

Um dia, ele machucou o dedo com uma farpa de madeira. Ofereci ajuda para removê-la. Após tirar a farpa com os dentes, me vi, sem entender bem o motivo, chupando o dedo dele lentamente.  

Lucas respondeu com um gesto inesperado: começou a me acariciar. Ficamos excitados e, antes que percebêssemos, eu me entregava a ele. Foi um momento intenso, quase surreal, como se estivéssemos em outro mundo.  

Depois disso, passamos a viver como um casal na ilha, nos amando todos os dias. Até que, finalmente, um barco avistou nossa fogueira e nos resgatou.  

Um ano depois, nos casamos. Hoje, estou esperando nosso primeiro bebê.