sábado, 22 de junho de 2024

 

Carlos tinha uma semana de reuniões do outro lado do mundo e, para evitar o desgaste da longa viagem e do fuso horário, resolveu experimentar o novo método de viajar: a troca de corpos à distância. Tudo estava acertado, e ele havia escolhido ficar no corpo de um homem alto, forte e bonitão.


Para sua surpresa e desespero, ele acordou na cidade de destino não no corpo escolhido, mas no de uma garota. Imediatamente, ligou para a empresa responsável pela viagem e, após meia hora e três atendentes diferentes, foi transferido para o setor de reclamações.


Carlos estava nervoso e gritava com a atendente. Do outro lado, ela pediu desculpas pelo engano e tentou acalmá-lo. A atendente iria corrigir o erro e retransferi-lo para um corpo masculino, quando ele disse que não poderia ir ao trabalho como uma "mulherzinha", pois os outros pensariam que ele era uma secretária ou estagiária.


A moça do outro lado achou o comentário sexista e machista e decidiu que não iria ajudá-lo. Informou que ele teria de ficar com o corpo feminino até o final da viagem, desejou-lhe boa sorte e desligou.


No celular de Carlos, já havia uma mensagem do chefe pedindo para que ele não se atrasasse, pois seu futuro na empresa dependia daquelas reuniões. Carlos concluiu que não havia outra opção: ele teria de ir para as reuniões como mulher.


Ao olhar nos armários, encontrou roupas, cosméticos e acessórios femininos. Ele teria algumas horas para se preparar, criar coragem e sair do hotel como Carla.

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