sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Nova Forma de Viajar


Cada vez que olho no espelho tenho de me lembrar que meu nome é Paulo. Sou, ou melhor era um homem de 28 anos, branco e brasileiro. Desempregado e sofrendo pressão da minha ex-mulher para o pagamento da pensão de nosso filho,  precisava urgentemente arranjar dinheiro. Foi quando vi o anuncio procurando pessoas para testes científicos. A frase "pagamos bem" me fez ligar imediatamente para eles. 

Depois de assinar um contrato de confidencialidade, me foi explicado que estavam testando uma nova forma de  viajar. Com aquela tecnologia a penas a consciência da pessoa iria para outro lugar, trocando de corpo com alguém no destino. Fui levado então a uma sala cheia de máquinas, colocaram um capacete em minha cabeça e vários sensores pelo corpo. Quando o cientista perguntou "Está pronto?" respondi que não, mas ignorando minha resposta ele sorriu e acionou a máquina.

Num piscar de olhos me senti estranho, de algum modo desconfortável. Tirei o capacete e vi pelo meu braço que agora era negro. Pensei, "Tudo bem pois vai ser legal ser um negão por uns dias. Será que meu pau é grande?". Minha ideia começou a mudar ao notar minhas unhas compridas e pintadas. Olhando para baixo vi um volume estranho sob a camiseta que usava, e ao tocar tive a confirmação de que era seios, grandes e pesados seios! Quando respirei fundo e toquei o meio de minhas pernas dei um grito agudo. 

Fizeram vários testes e verificaram que eu estava bem. Então me explicaram que eu estava em Moçambique, e que aquele corpo pertencia a uma mulher participante do experimento chamada Francisca. Em 24 horas eu seria levado de volta ao laboratório e transferido para o meu corpo original. Neste período deveria ficar na casa dela e poderia passear pela cidade.

Ao sair de lá imediatemente percebi o que eles queriam dizer quando me falaram sobre a memória muscular. Eu não podia evitar de me movimentar de forma feminina, ginar meus largos quadris a cada passo. Andar e saltos parecia algo natural para mim. O dia estava lindo e o lugar era magnífico. Logo me sentia bem caminhando e sentindo o sol e a briza em minha pele negra e sensível. 


Quando me cansei de caminhar decidi ir para a casa dela usando o endereço que me passaram e o GPS. Chegando lá fui recebido pelo Omar, marido de Francisca. Ele não só sabia de tudo, como havia praticamente forçado a esposa a participar do teste por causa do dinheiro. Deduzi que ele era um homem machão e dominador e senti pena daquela mulher.

Tomei um banho e me preparei para dormir, mas ao sair do chuveiro dei de cara com Omar na cama, totalmente nú.

-Bem-disse eu totalmente sem jeito.-Acho que vou para o sofá.

-Não! Você fica aqui na cama comigo!-Disse ele em voz alta.

-Mas não sou a Francisca e você sabe disso.-Falei com a voz ainda mais fina pelo stress da situação.

-É sim. Não importa quem está aí dentro, este é o corpo da minha mulher e vai me servir.

Enquanto pensava em argumentar ele me pegou pelo braço e me empurrou na cama. Depois me colocou de quatro e sem perder tempo me penetrou com seu pênis enorme. Nunca me senti tão indefeso, humilhado e usado. Mas para surpresa foi a melhor sensação que já havia sentido. Ele demorou para gosar, e me pegou de várias formas e posições. Eu pelo contrário tive vários e intensos orgasmos. No final dormi sobe o peito dele totalmente exausto. 

Passaram-se as 24 horas, me despedi do "meu marido" e fui para o laboratório onde seria enviado de volta ao Brasil e para o meu corpo. Admiti para mim mesmo de que foi uma experiência bem interessante. Mas ao chegar lá e disseram que o processo estava temporariamente cancelado. Uma pessoa havia perdido a vida ao retornar, então teriam de resolver o problema antes usarem o processo novamente. Voltei para a casa de Francisca, e achei estranho o fato do Omar não ter se importado com a notícia de que eu ficaria no corpo dela por mais alguns dias. Acho que ele nunca foi apaixonado pela esposa, e para ele Francisca era apenas uma fonte de prazer. 

Já se passaram três meses, e ainda não podem dizer quando irei voltar ao normal. Neste meio tempo me acostumei com a vida da mulher, e com meu marido. Adoro quando ele me pega, me domina e me faz gemer de prazer. 

Na verdade acho que estou me apaixonando por ele, e no fundo espero que nunca consigam resolver o problema.



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