sexta-feira, 10 de abril de 2020

No Salão do Automóvel


Daniel adorava visitar o Salão do Automóvel todos os anos, mas não para ver carros. O que ele gostava era de ver os "aviões", como costumava brincar com os colegas. Ia por causa das dezenas de garotas lindas em roupas provocantes dos stands, e sem disfarçar ignorava os carros e tirava suas fotos somente das delas.
Certo momento Daniel parou para dar uma olhada nas fotos que já havia tirado em seu celular, quando uma mão bateu em seu ombro.
-Você deveria ser mais discreto, e talvez pedir permissão para as garotas antes de tirar fotos delas.-Disse uma mulher alta, bonita e com roupa executiva.
-Mas elas estão aqui para isso, né. Não preciso de permissão.
-Oficialmente não, mas por uma questão de educação sim Daniel. Não se esqueça de que elas são pessoas como você, e não objetos.
-Bem, acho que tem razão. Me desculpe...Ei!, como sabe meu nome?
-Sei de muitas coisas. Como você entendeu e se desculpou, acho que vou realizar seu desejo. Venha comigo.
Daniel não entendeu muito bem o que acontecia, mas quando uma mulher bonita diz que vai realizar seu desejo e pede para segui-la, um cara não tem muito o que decidir.
Entraram no vestiário vazio, então ela lhe entregou um macacão vermelho como o da garota que acabara de fotografar e pediu pra ele vestir.
-Mas isto é de mulher.
-Confie em mim, vista e não vai se arrepender.
Ele achando que seria algum tipo de fetiche da garota, e que acabariam transando no final, tirou as roupas ficando de cuecas e se preparou para vestir a peça.
-Não querido. Tire a cueca.
Assim o fez, mostrando seu pênis já ereto pela ideia do que iria acontecer.
Mas ao colocar as pernas na roupa, olhou para baixo e viu suas cochas mais grossas e torneadas. Pensou ser efeito do tecido com aquela luz do vestiário, e continuou vestindo.
Ao passar pela cintura, notou que seus quadris pareciam mais largos, e estranhou muito o fato de não poder ver nem sentir seu pênis sob o tecido justo e macio. Depois pela cintura que pareceu bem mais fina do que antes.
Daniel sentia que algo fora do natural acontecia, mas não conseguia parar. Passou os braços, depois os ombros pra dentro da roupa. Por fim fechou o zíper, e em seu peito viu crescer um par de seios grandes e naturais.
De repente ele caiu na real, olhou assustado para seu corpo agora feminino, depois para a tal mulher que estava quieta somente observando até aquele momento.
-O que fez comigo?-Com a voz bem mais aguda do que o normal.
-Somente o que você desejava Daniel. Sempre veio a estas feiras para ver as garotas, certo? A verdade é que no fundo você as admirava, invejava e sentia vontade de ser como elas, só não tinha coragem de admitir para si mesmo. Agora vá até ali e olhe no espelho.
Ele foi até um grande espelho no canto da sala, e ficou de boca a berta. O rosto era parecido com o dele, mas como uma irmã gêmea e de traços bem femininos. Seios grandes, cintura minúscula e quadris largos. Era o tipo de garota que faria questão te tirar dezenas de fotos. Achando que poderia ser uma ilusão causada pela roupa, abriu o zíper e imediatamente um par de seios grandes saltou para fora. Ele os segurou com ambas as mãos e perguntou.
-I-Isso tudo é real?
-Agora é Daniela. Está pronta para começar?
-Começar o quê?
A mulher abriu a porta do vestiário e chamou alguém. Logo uma garota bonita e com a mesma roupa que ele usava entrou.
-Patrícia, esta é a Daniela. Ela vai ficar no lugar da menina que ficou doente. Mostre o stand e onde ela vai ficar nos próximos dias.
-Claro! Venha Daniela. Posso te chamar de Dani?
-S-Sim.-Respondeu Daniela enquanto era puxado pela mão para fora do vestiário.
Daniel olhou par trás e viu a estranha mulher sorrindo e piscando para ele.
Depois de alguns minutos, Daniela meio sem graça já estava ao lado do carro que deveria ajudar a promover. Então um rapaz chegou e disse.
-Nossa, você é muito linda. Posso tirar uma foto?
-Eu?..B-Brigada. Claro, pode tirar sim!




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