quarta-feira, 17 de dezembro de 2025



 Rogério e Jéssica decidiram fazer algo diferente para comemorar os três anos de casamento. Foram a uma clínica especializada em troca de corpos e combinaram passar o dia inteiro na pele um do outro.

— E então? Como estou? — perguntou Rogério, já no corpo de Jéssica.

— Você está linda! — respondeu Jéssica, agora no corpo do marido.

— Desculpa, mas não consegui usar seus saltos altos. Tive medo de torcer o tornozelo e me machucar.

— Tudo bem, amor. Leva tempo pra pegar o jeito mesmo. Vamos? — disse ela, estendendo a mão grande e forte.

Rogério segurou a mão dela, e era estranho sentir dedos tão grossos envolvendo sua mãozinha delicada. Ao caminhar ao lado dela, percebeu o quanto seu novo corpo era menor — a cabeça mal chegava ao ombro de Jéssica. Pensou que talvez devesse ter insistido nos saltos; pelo menos não se sentiria tão pequeno.

Durante o jantar, trocavam olhares diferentes. Os corpos eram familiares, mas vistos de fora pareciam ao mesmo tempo íntimos e estranhos. Aos poucos, porém,foram se sentindo a vontade.

Jéssica se sentia poderosa com a força dos músculos masculinos, mas ainda estranhava o volume estranho do pênis entre as pernas. Rogério não podia ignorar a sensação dos seios sustentados pelo sutiã, o balanço suave ao andar, o estranho conforto de cruzar ou juntar as pernas sem nada apertando.

Já no carro, de volta para casa, Jéssica se inclinou e disse:

— Feliz aniversário, querido.

Em seguida, beijou-o. Foi um beijo longo, profundo, com línguas se entrelaçando. A reação foi imediata nos dois corpos. Jéssica sentiu, pela primeira vez, o pênis endurecendo rapidamente dentro da calça. Rogério percebeu os mamilos ficarem rígidos contra o tecido do sutiã e um calor úmido e pulsante entre as pernas.

As carícias começaram ali mesmo. Jéssica deslizou a mão por baixo do vestido dele, massageando aquela parte que conhecia muito bem. Rogério soltou gemidos baixos, surpresa com a intensidade daquela sensação. Em retribuição, ele abriu o zíper da calça dela e envolveu o membro rígido com a mão pequena, espantado com o tamanho e a dureza.

Mal chegaram em casa, as roupas voaram pelo chão do corredor. Sem trocar uma palavra, correram para o quarto. Pouco depois, Rogério sentiu Jéssica penetrá-lo devagar, centímetro por centímetro. A plenitude era diferente de tudo que já havia experimentado.

— Isso é... bem melhor — sussurrou ele, ofegante, comparando o prazer de ser penetrado com o de penetrar.

Transaram por horas, explorando cada posição, cada ângulo novo. Em certos momentos, Rogério abafava os gritos mordendo o travesseiro — além da vergonha, não queria que os vizinhos chamassem a polícia.

Na manhã seguinte, Rogério acordou com a cabeça apoiada no peito largo e peludo de Jéssica, sentindo o coração dele bater forte sob sua bochecha.

O combinado era voltar à clínica logo cedo para trocar de volta. Mas durante o café da manhã preparado com carinho por Rogério, ele disse para a esposa:

— Podemos ficar assim mais um dia?

Jéssica sorriu e concordou.

Os dias viraram semanas, as semanas viraram meses. Eles nunca mais voltaram à clínica. Rogério assumiu de vez o lugar da esposa, e Jéssica, o do marido.


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