sexta-feira, 7 de novembro de 2025



O que ainda estou fazendo aqui e com este corpo?

Esta missão já deveria ter terminado há mais de um mês. O plano era usar a droga secreta para me transformar em mulher, me aproximar do chefe da organização criminosa, reunir provas para acabar com ele e cair fora. Mas não está sendo assim.
Já tenho mais do que o suficiente para prendê-lo, só que não consigo sair. Eu... não quero que isso acabe.
No começo parecia um pesadelo estar com um corpo de mulher: pequeno, fraco, delicado e sensível. Mas não demorou muito para que eu me acostumasse a ser assim, e logo passei a gostar. Gosto de me arrumar, de olhar no espelho e ver que sou linda. Gosto das sensações e do prazer que descobri sendo garota.
Para piorar, acabei conhecendo o homem que deveria prender, e descobri que ele não é tão mal assim. Apesar de estar fora da lei, ele é doce e gentil com todos e ajuda muita gente que precisa. Para muita gente ele é um anjo, e não dá para não admirá-lo.
Comigo então nem se fala. Ele sabe tratar uma mulher: é carinhoso, atencioso, me enche de presentes. Mas o mais impressionante é na cama. Nesse quesito ele é um animal — e isso é ótimo. Já cheguei a desmaiar de tanto prazer.
Há alguns dias consegui me convencer a encerrar esta missão, mas cometi o erro de ir a um último jantar com ele. Para o meu azar, ou sorte, naquela noite ele me fez uma surpresa e pôs um anel de noivado no meu dedo. Chorei como uma criança e meu plano foi por água abaixo.
Me tornei mulher, me apaixonei por quem eu deveria destruir, e agora só o que penso é em destruir as provas contra ele, cortar o contato com o departamento e, num futuro próximo, me tornar esposa do chefe da organização criminosa — do homem que eu amo.

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