quarta-feira, 26 de novembro de 2025


 

— Magda, tá tudo bem? — perguntou Rogério à esposa.


Nas últimas semanas ela havia mudado completamente. Antes, vivia reclamando, criticava tudo o que ele fazia, parecia eternamente insatisfeita com o próprio corpo e com a vida. Era uma megera insuportável. De repente, tudo mudou.

Agora sorria o tempo todo, cuidava da casa com capricho, se arrumava como se fosse sair para um encontro todos os dias. E o mais impressionante: o carinho com o maridol. Magda o paparicava, o abraçava sem motivo, e na cama… na cama ela era um vulcão. Uma cadela no cio, sem pudor nenhum, sempre pronta, sempre molhada, sempre querendo mais.


— Eu tô ótima, querido. Por quê? — respondeu ela com um sorriso.


Para entender como aquilo tinha acontecido, é preciso voltar um pouco no tempo e conhecer Nelson.

Nelson era o melhor amigo de Rogério desde a infância. Discreto, gentil, sempre por perto. O que ninguém sabia — nem mesmo Rogério — era que Nelson sonhava, desde adolescente, em ser mulher. Quando Rogério se casou com Magda Rogério assumia para si mesmo que morria de inveja adquela mulher jovem, bonita, gostosa e casada com o cara mais legal que ele conhecia.


O casamento, porém, logo azedou. Magda mostrou quem realmente era: uma pessoa amarga, ingrata, que humilhava Rogério na frente dos outros. Nelson ouvia as histórias e sentia ódio dela.

“Como alguém que tem tudo que eu sempre quis consegue ser tão idiota?”, pensava. “Eu, no lugar dela, agradeceria de joelhos todos os dias por ser mulher… e por ter um marido como ele.”

Numa noite, depois de mais uma briga feia que Rogério desabafou no telefone, Nelson com raiva, e pensando em como ele faria diferente no lugar da Magda.

No dia seguinte, ele acordou com alguém beijando seu pescoço. Alguém com barba por fazer.

Abriu os olhos lentamente. Rogério, completamente nu, saía da cama e ia pro banheiro como se nada tivesse acontecido. Nelson ficou paralisado. Tentou falar, mas a voz que saiu foi fina e rouca. Tirou o lençol devagar… e ali estavam: seios grandes, firmes, com mamilos rosados e endurecidos. A camisola de seda rosa era de Magda. O corpo inteiro era de Magda.

Correu pro espelho do quarto. O reflexo era ela. Exatamente ela.

Nos primeiros dias, pânico. Choro. Pensava em contar pra alguém. Mas quem acreditaria? Aos poucos, o medo deu lugar à curiosidade. Depois à euforia.  Tomou banho demorado sentindo a água escorrer entre os seios, entre as coxas. Se tocou pela primeira vez como mulher e gozou tão forte que ele desabou no chão do box.

Quando Rogério chegou do trabalho naquela noite, Nelson (agora totalmente entregue ao papel de Magda) o recebeu de lingerie, joelhos no chão, boca aberta. Fez tudo o que sempre sonhou que uma esposa perfeita faria. E mais.

Dias viraram semanas. A antiga Magda tinha sumido para sempre; ninguém sentiu falta. A nova Magda era carinhosa, submissa e muito safada. Fazia café da manhã pelada só de avental, acordava o marido com boquete, pedia pra ser comida de quatro enquanto gemia “me usa, amor, me usa como sua putinha”. 

Naquela manhã, de volta à cena inicial:

— É que de repente você parece outra pessoa, sabe? Tá tomando algum remédio, fazendo terapia escondido? — Rogério perguntou confuso.

— Não, meu amor… Eu só descobri que ser mulher, ser a sua mulher, e ter um homem tão maravilhoso como você é a melhor coisa do mundo. Eu sou a pessoa mais feliz do planeta.


Rogério não resistiu. Agarrou aquele corpo perfeito de mulher, jogou “Magda” na cama e meteu com vontade, enquanto ela gritava de prazer.

E Nelson no corpo daquela mulher só conseguia pensar uma coisa, entre um gemido e outro:

“Obrigado… obrigado por finalmente eu ser quem eu sempre quis ser.”

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