sexta-feira, 5 de setembro de 2025

 

— Que diabos é isto, Tom?! Já não estamos enrascados o suficiente? — gritou Diogo quando Tom abriu o porta-malas do carro.
— Esta é a nossa saída. Encontrei uma velha cigana e troquei uma das joias que roubamos por uma magia de troca de corpos.
— Troca de corpos? Não está sugerindo que a gente…
— Sim! É a saída perfeita. Nem precisamos fugir mais. Seremos apenas duas garotas inocentes, sem nenhuma relação com o assalto à joalheria.
— Isso é loucura, Tom. Mesmo que funcione, por que iríamos trocar com mulheres?
— Olha, não sei se você sabe, mas não é fácil conseguir dois corpos disponíveis. Essas duas são garotas de programa, então foi simples chamá-las… até aceitaram colocar algemas, achando que era algum fetiche meu.
— Tá… até que faz sentido.
— Me ajude a levá-las para dentro e então fazemos a troca. Mas posso te pedir uma coisa?
— Diga.
— Posso ser a mais peituda?
— …S-sim, Tom.
— Obrigado!

Horas depois.
-Vocês duas tem algo a ver com o assalto? Falem!
-Não! Nós somos apenas... duas garotas de programa. Um dos homens chamou a gente. Nem conhecemos estes dois.
-Madureira...-Disse o outro policial- Tá na cara que elas não tem nada a ver com o crime. Vamos liberar as duas coitadas, e levar os dois caras pra delegacia.
-Tá bem. 

Mais tarde.

— E então? Ainda acha que o meu plano era doido?
— Tá, Tom, deu certo e escapamos da polícia. Mas estou com dó daquelas duas.
— Relaxa. Do jeito que elas insistem nesse papo de troca de corpos, provavelmente vão acabar sendo consideradas malucas, farão algum tratamento, vão acreditar que sempre foram homens… e ficarão livres.
— Mas e a gente? Vamos continuar assim? Como mulheres?
— Por que não? Olha só como somos lindas!
— É verdade… até que estamos bem bonitinhas.
— Então pronto. Vamos ficar assim um tempo, curtir, e depois decidimos. Ok?
— Tá bem.
— Ótimo, “Tatiana”. Agora vamos!
— Pra onde?
— Fazer compras, é claro! Precisamos de roupas bem bonitas pra estes nossos corpões. Depois, vamos sair pra comemorar. Quem sabe até dançar.
— Não sei não… mas pelo jeito que você tá gostando disso, acho que já queria ser mulher antes.
— Você acha?...


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