Já faz quase um ano desde que tudo aconteceu. Desde que estou no corpo da Marcela, uma ex-colega de trabalho.
Estávamos em uma convenção de vendas no Caribe e, como todos os outros homens ali, eu tentava seduzir a Marcela e levá-la para a cama.
Depois do fim dos trabalhos, saímos para tomar algo. Em seguida, fomos dar uma volta pelo centro da cidade. No caminho, passamos por uma loja estranha, cheia de velas, estátuas e objetos esotéricos. Marcela quis entrar, e, na tentativa de agradá-la, aceitei.
Após alguma conversa com o dono da loja, Marcela perguntou sobre uma pedra azul muito brilhante que estava na vitrine. O homem explicou que aquela pedra não estava à venda — era usada apenas ali, na loja. Segundo ele, ela tinha o poder de trocar os corpos de duas pessoas que a tocassem ao mesmo tempo.
Marcela ficou fascinada e propôs que experimentássemos. Tentei explicar que era uma bobagem, mas, enquanto eu falava, ela já havia passado o cartão e feito o pagamento pela tal "troca".
Tocamos a pedra, e, quando eu começava a dizer que era tudo uma farsa, tomei um enorme susto: vi meu próprio corpo parado bem na minha frente. Olhei para baixo e me deparei com um par de seios enormes quase saltando para fora do decote. Havíamos realmente trocado de corpos.
Fiquei apavorado e implorei para voltarmos ao normal. Para meu espanto, ela parecia bem tranquila no meu corpo de homem, e disse que trocaríamos de volta — mas só depois de experimentarmos por um tempo. Marcela queria continuar daquele jeito até o fim da convenção.
Não consegui convencê-la do contrário. Me sentia pequeno, fraco e inseguro naquele corpo, e tudo o que pude fazer foi concordar com aquela ideia maluca. Combinamos de nos encontrar antes da viagem de volta, na mesma loja, para desfazer a troca.
Mas o que aconteceu foi que, no dia e hora marcados, em vez de aparecer, ela me mandou uma mensagem dizendo que havia antecipado o voo, estava embarcando... e que não iria devolver o meu corpo.
Marcela me explicou que queria passar mais um tempo como homem, e que eu também deveria aproveitar a experiência. Sem outra opção, retornei ao Brasil no corpo dela.
Ninguém jamais acreditaria no que havia acontecido, então o melhor seria fingir ser ela até que Marcela decidisse encerrar aquela "experiência". Então, voltaríamos ao Caribe e desfazeríamos a troca.
Mas a coisa não seria tão simples. Para começar, logo que cheguei ao aeroporto fui recebido pelo Marcão, o namorado dela. Eu o havia conhecido em uma festa e nem sabia que ainda estavam juntos. Agora, sob a minha nova perspectiva, ele parecia bem maior — e muito mais “atencioso”.
Seu abraço quase me esmagou, senti meus seios sendo apertados contra o peito dele, e, em seguida, recebi um beijo na boca. Marcão estranhou a minha reação, e quando perguntou se estava tudo bem, respondi que estava cansada. Por sorte, ele foi compreensivo e apenas me levou para casa.
Na casa de Marcela, pude finalmente examinar aquele corpo maravilhoso: os seios, as curvas e, o mais assustador e incrível de tudo, a vagina entre minhas pernas. Enquanto me tocava, comecei a sentir tesão — e me masturbei pela primeira vez como mulher. Foi uma experiência intensa. Depois disso, repeti várias vezes. Cheguei até a me preocupar em me viciar, pois era muito melhor do que quando eu me masturbava no meu corpo de homem.
Os dias passavam, e eu já não sabia quem era mais insistente: eu, pedindo para Marcela desfazer a troca, ou o Marcão, pedindo para me ver. No fim, quem cedeu fui eu — concordando em receber o rapaz.
Tentei manter certa distância, mas não sei se foi o tom de voz dele, as palavras doces ou o quanto eu me sentia carente… acabei deixando que se aproximasse, e depois, que me beijasse.
Tudo aconteceu muito rápido. Logo ele estava beijando meus seios e acariciando entre minhas pernas. Fui tomado por uma vontade imensa. Nem cogitei pedir que parasse — eu só queria que aquele homem possuísse meu corpo de mulher ali mesmo. Transamos. E foi simplesmente divino.
Aquilo parecia compensar qualquer desvantagem trazida pelo meu novo sexo.
Minha cabeça começou a mudar. Passei a gostar do que havia me tornado, me interessando e apreciando outros aspectos do mundo feminino.
Parei de mandar mensagens para a Marcela. Depois, soube que ela havia mudado de cidade. Nunca mais a vi. Nunca mais vi meu antigo corpo masculino.
Eu e Marcão passamos a morar juntos. E, depois que ele foi promovido no trabalho, deixei meu emprego para me dedicar a cuidar da casa — e dele.
Aquela viagem ao Caribe mudou tudo. Foi a coisa mais terrível e maravilhosa que me aconteceu. Graças a ela, eu sou muito, mas muito feliz!
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