sábado, 31 de maio de 2025



Dias depois do naufrágio, Pedro volta para a praia onde Luis havia ficado, e, em seu lugar, encontra uma desconhecida e linda mulher.

— Olá! Quem é você? Como chegou aqui?
— Pedro, sou eu. O Luis.
— Luis?!
— Sim. Eu estava aqui, de olho no mar, para ver se via algum navio e pedir socorro, quando de repente minha pele começou a queimar. Tirei a roupa e entrei no mar para ver se melhorava, e, quando saí, estava assim... eu virei mulher!
— Caraca! Isso é culpa minha.
— Como assim, Pedro?
— Enquanto explorava esta ilha deserta, encontrei uma caverna. Lá dentro, apareceu uma luz dizendo que era o espírito da ilha e que me concederia um desejo. Mesmo achando que era delírio meu, resolvi tentar. Primeiro pedi para nos tirar desta ilha, mas ela disse que não tinha esse poder. Depois, pedi que fizesse um barco, mas também não era possível.
— E então? O que você desejou, afinal?
— Depois de várias tentativas, pedi para que houvesse uma mulher bonita aqui comigo, para ser minha e me fazer companhia. Então, a tal luz simplesmente desapareceu. Achei que nada havia acontecido, que tudo não passava de uma alucinação.
— Então foi isso. A tal entidade me transformou em mulher para satisfazer o seu desejo.
— Parece que sim. Me desculpe, Luis.
— Eu deveria estar muito bravo com você, mas... não consigo.
— Não?
— Só consigo pensar em como você é inteligente, forte, bonito... Será que eu posso... te dar um beijo?
— Claro, Luisa...

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