— Onde eu estou?
— Calma, Ricardo. Está tudo bem. Você está seguro agora.
— Lembro... eu voltava de uma missão e um caminhão passou para a contramão, indo em direção ao meu carro.
— Sim. Depois que você destruiu o vírus que os terroristas iam soltar, eles te colocaram na lista de assassinatos e conseguiram te rastrear.
— Uau, mas como consegui escapar?
— Na verdade, você não escapou. Você morreu.
— Morri?!
— Quando chegou aqui, estava praticamente morto. Parte do seu corpo foi esmagada e eu só consegui estabilizá-lo a tempo.
— E eu... ai! Não consigo me mexer! Fiquei paraplégico?!
— Não, você vai recuperar os movimentos em algumas horas. Não se preocupe.
— Que susto!
— Mas tem algo importante que você precisa saber. Seu corpo estava muito danificado, então usei um procedimento secreto da agência e troquei seu corpo!
— Como assim?! Então este não é meu corpo? Percebi que minha voz estava diferente, mas achei que era confusão. Sou um adolescente? Uma criança?
— Não. Na verdade, você agora tem 23 anos.
— Nossa! Bem, pelo menos sou um cara quinze anos mais jovem.
— Não exatamente. Tente imaginar como é difícil achar um corpo compatível em tão pouco tempo.
— O que você quer dizer com isso? O que não está me contando?
— Bem, você é mulher agora!
— M-Mulher?!!
**Oito meses depois:**
— Helen, de onde você conhece essa loirinha? — perguntou Leon, um dos líderes de um grupo criminoso.
— A Kely trabalha comigo há alguns meses e também é stripper. Ela me salvou de ser espancada por um bêbado.
— Sei. Tem certeza de que ela não é cana?
— Polícia? Olha essa carinha! Eu a trouxe porque, além de ser minha amiga, ouvi dizer que ela é muito boa com os homens.
— Sim — Ricardo, agora Kely —, eu sei exatamente o que os homens gostam.
— Leon — disse Helen —, contei para ela sobre aquelas viagens que você faz com os sócios para discutir negócios e que pagam bem para garotas que os acompanham. Quem sabe você poderia incluir a Kely.
— Bom, vai depender dela provar que é realmente boa no que faz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário