quinta-feira, 26 de setembro de 2024


 — Onde eu estou?  

— Calma, Ricardo. Está tudo bem. Você está seguro agora.  

— Lembro... eu voltava de uma missão e um caminhão passou para a contramão, indo em direção ao meu carro.  

— Sim. Depois que você destruiu o vírus que os terroristas iam soltar, eles te colocaram na lista de assassinatos e conseguiram te rastrear.  

— Uau, mas como consegui escapar?  

— Na verdade, você não escapou. Você morreu.  

— Morri?!  

— Quando chegou aqui, estava praticamente morto. Parte do seu corpo foi esmagada e eu só consegui estabilizá-lo a tempo.  

— E eu... ai! Não consigo me mexer! Fiquei paraplégico?!  

— Não, você vai recuperar os movimentos em algumas horas. Não se preocupe.  

— Que susto!  

— Mas tem algo importante que você precisa saber. Seu corpo estava muito danificado, então usei um procedimento secreto da agência e troquei seu corpo!  

— Como assim?! Então este não é meu corpo? Percebi que minha voz estava diferente, mas achei que era confusão. Sou um adolescente? Uma criança?  

— Não. Na verdade, você agora tem 23 anos.  

— Nossa! Bem, pelo menos sou um cara quinze anos mais jovem.  

— Não exatamente. Tente imaginar como é difícil achar um corpo compatível em tão pouco tempo.  

— O que você quer dizer com isso? O que não está me contando?  

— Bem, você é mulher agora!  

— M-Mulher?!!



**Oito meses depois:**

— Helen, de onde você conhece essa loirinha? — perguntou Leon, um dos líderes de um grupo criminoso.  

— A Kely trabalha comigo há alguns meses e também é stripper. Ela me salvou de ser espancada por um bêbado.  

— Sei. Tem certeza de que ela não é cana?  

— Polícia? Olha essa carinha! Eu a trouxe porque, além de ser minha amiga, ouvi dizer que ela é muito boa com os homens.  

— Sim — Ricardo, agora Kely —, eu sei exatamente o que os homens gostam.  

— Leon — disse Helen —, contei para ela sobre aquelas viagens que você faz com os sócios para discutir negócios e que pagam bem para garotas que os acompanham. Quem sabe você poderia incluir a Kely.  

— Bom, vai depender dela provar que é realmente boa no que faz.

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