Leandro acordou naquela manhã e começou a ter flashes de memória da noite anterior.

As lembranças vinham conforme ele olhava a bagunça que estava aquele quarto. As roupas jogadas no chão, as taças de vinho e embalagens de preservativos vazias. Seu parceiro parecia incansável e selvagem. Fez sexo com ele em posições que não conhecia e que não imaginava serem possíveis. Ele já havia imaginado e sonhado com isso muitas vezes, mas nunca pensou que seria tão bom, tão prazeroso. Ficou impressionado por ter tido tantos orgasmos em apenas uma noite e com o quão profundos e intensos eles foram.

Seu maior sonho havia se realizado. Leandro sentiu algo por Douglas assim que o conheceu no trabalho. Mas naquela época ele era um homem normal. Um homem com o desejo secreto de ser mulher. Um desejo que parecia impossível. Então, certo dia, anunciaram um tratamento revolucionário. Uma forma de alterar a aparência das pessoas radicalmente, sem cirurgias, mas usando engenharia genética e nanorrobôs. Era bem caro, mas por sorte Leandro havia investido por anos em criptomoedas e decidiu que este seria um bom uso dos seus investimentos.

Já na clínica, o colocaram em uma espécie de banheira, já com vários fios colados por todo seu corpo. Ele primeiro sentiu muito frio, depois um calor intenso que parecia derreter sua carne. Ele abriu os olhos e já não estava mais na banheira, mas sim em um quarto para recuperação. Por baixo dos lençóis já dava para ver o formato dos seus grandes seios. Lentamente ele desceu a mão até o meio de suas pernas e sentiu o que havia lá, então gritou de alegria e chorou de emoção ao apalpar sua nova vagina.

Dias depois voltou ao trabalho, mas agora como Lais. Quase desmaiou de emoção quando Douglas, ao vê-la pela primeira vez, disse que havia se tornado uma mulher muito bonita. Os dois começaram a trocar mensagens pelo chat, até que um dia Douglas convidou Lais para sair. O encontro começou em um barzinho, depois os dois se beijaram no carro e terminaram no apartamento do rapaz.

Então, de volta ao presente, Lais vê aquele homem grande, malhado e com um pênis enorme mesmo sem estar excitado sair do banheiro, ainda terminando de se enxugar. - "Tá tudo bem, Lais?" - perguntou ele. - "Bem? Está tudo ótimo!" - respondeu Lais sorrindo. - "Então que tal tomarmos o café da manhã? Sei preparar um omelete incrível!" - "Sim, amor. Seria maravilhoso..."