quinta-feira, 16 de março de 2023



É engraçado ver a reação das pessoas quando conhecem o meu novo eu, meu novo corpo.

Desde criança eu era maior do que a maioria dos meus amigos. Fiz muita musculação o que me tornou um monstro de musculoso de 1,95 de altura. Depois veio o Jiu-jitsu, e acabei ganhando vários campeonatos. 

Mas no fundo aquele era apenas um personagem que criei para fazer o melhor que podia com o que a natureza havia me dado. O que queria mesmo de verdade era ser o oposto daquilo tudo. Meu sonho era ter um corpo pequeno, delicado e completamente feminino.

Então vieram as tais clínicas de troca de corpo. Mal pude acreditar, mas finalmente poderia ser quem eu queria. Juntei minhas economias, fiz um empréstimo e consegui o dinheiro suficiente para pagar pelo processo.

No cadastro especifiquei o que buscava: Quanto menor melhor. Logo choveram candidatas, e não fazia ideia de quantas meninas pequenas aceitariam trocar com um homem grande. Acho que elas tinham o mesmo problema que eu, mas ao contrário.

Agora com 1,43 de altura e pesando 41 kg sou menor do que as pernas que tinha, menor do que as minhas amigas mais baixinhas, e me sinto bem como nunca antes. Desde a trocas me sinto como em um sonho e tenho medo de acordar.

Claro que tem algumas desvantagens, tais como quando preciso subir nos móveis para alcançar algo no armário de cima, ou quando pego ônibus lotado. Mas as pessoas me tratam como  uma princesinha, me mimam. Adoro ouvir quando dizem que pareço uma bonequinha linda.

Em situações fora de casa normalmente algum rapaz me ajuda. Outro dia um deles pegou um produto que eu tentava agarrar a vários minutos na prateleira de um supermercado. O nome dele é Guilherme. Ele me parecia super alto, e achei engraçado quando soube que tinha apenas 1,70 de altura. Mesmo assim era um gigante pra mim.

Guilherme me convidou para sair e eu aceitei. Acho que esta bonequinha está pronta para conhecer um outro tipo de brincadeira...

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