Todos ficaram chocados quando minha irmã, grávida de cinco meses sofreu um aneurisma.
Os médicos tentavam mantê-la viva por meio de aparelhos, mas a situação estava complicando.
Então procurei o melhor neurologista do país para pedir ajuda. Depois de ouvir minha estória, ele sugeriu algo inacreditável a princípio. Conhecia uma técnica experimental de transplante de cérebros, e colocando outa pessoa no corpo de minha irmã o bebê seria salvo. Eu disse que mesmo se fosse possível que garota aceitaria passar por isso.
-Não poderia ser qualquer garota, pois haveria rejeição. Teria de ser alguém da família, uma irmã ou... irmão!
Demorou um pouco para me dar conta do que estava me propondo, e na hora nem sabia o que responder. Ele me pediu para pensar por alguns dias, e assim fiz.
Depois de algum tempo vendo o sofrimento da família e de meu cunhado, que por acaso era um amigo meu de infância, liguei para o médico e informei sobre minha decisão.
Todo o procedimento era ilegal e secreto. Somente ele e a equipe médica ficariam sabendo. Informei minha família e amigos que faria uma viagem pelo mundo, tipo mochileiro, e que mandaria mensagens de tempos em tempos.
Tudo aconteceu muito rápido, pelo menos pra mim. Entrei no hospital a noite, e a ultima coisa que vi antes da anestesia fazer efeito foi minha irmã deitada ao meu lado ligada a vários aparelhos. Logo em seguida abri os olhos e a família estava toda reunida e sorrindo em volta da cama. Meu cunhado chorando de alegria me deu um beijo na boca. Olhei para baixo e vi sob o lençol o volume dos seios em meu peito e da minha barriga redonda.
Dias depois em casa já me sentia totalmente a vontade no corpo dela. Todos me mimam muito, especialmente "meu marido". Confesso que a cada dia gosto mais dele...
Aceitei isso como um sacrifício para salvar minha irmã e a família dela, mas não esperava que seria tão feliz no lugar dela.
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