terça-feira, 6 de maio de 2025


 — Felipe! Você virou uma menina!

— P-Parece que sim, pai. Mas não fui só eu que mudei. Olhe para o seu corpo.

— Caramba! Eu tenho... seios?! Virei mulher também! O que exatamente você desejou quando viu aquela estrela cadente?

— Bem... desejei que os meninos parassem de me bater e que... gostassem de mim. Mas não era isso que eu tinha em mente. Eu só queria que os valentões fossem meus amigos. Agora eles vão gostar de mim porque virei uma menina bonita.

— Mas isso não explica o que aconteceu comigo.

— É que... não foi só isso. Também desejei que o senhor não precisasse trabalhar tanto para sustentar nós dois. E que tivesse alguém para cuidar de você, assim como a mamãe fazia... antes de nos deixar.

— Mas o que você quer dizer...

— Meninas! Cheguei! — disse um homem grande e forte ao entrar em casa.


Logo, os dois — ou melhor, as duas — descobririam que, nessa nova realidade, o pai de Felipe se chamava Beatriz. Agora, ela era uma dona de casa, casada com um empresário do ramo imobiliário, que Beatriz logo descobriria ser gentil, carinhoso e muito bom de cama.


Felipe, por sua vez, agora se chamava Adriana. Em pouco tempo, estaria namorando um dos garotos que costumavam implicar com ele.


O desejo de Felipe, embora mal interpretado pelo universo, acabou trazendo felicidade para ambos.

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